11.12.02
MÁFIA
O meu amigo escritor Ronaldo Bressane escreveu um artigo caprichado dedicado ao meu amigo escritor Nelson de Oliveira. O artigo está publicado no jornal Rascunho, do meu amigo Rogério Pereira. Lá, Bressane resenha os dois livros recém-publicados pelo Nelson, o romance "A maldição do macho" (editora Record) e o livro de ensaios-crônicos "O século oculto e outros sonhos provocados" (editora Escrituras). Fiquei eu encafifado. A uma certo parágrafo, Bressane diz que os escritores de hoje, "desencastelados das torres de marfim e do serviço público, se articulam, criam revistas, editoras. Dois perigos há nessa suruba. Um é, como cantariam os saudosos (saudosos?!!! - A pergunta e exclamações são minhas) Mamonas Assassinas, 'me passaram a mão na bunda e eu ainda não comi ninguém': algum escriba melindrado sentir-se de fora e meter fogo no clube. O outro, é todo mundo se achar o rei da cocada preta. E aí teremos um ambiente em que – preguiça das preguiças – todos são gênios (gênios?!!! A pergunta e as exclamações de novo são minhas)". Caralho, Bressane!!! Não entendi. Então o que teremos que fazer? Ficar agora preocupado com os escribas invejosos? Não fazer nada? Voltar às repartições? Por que não deixar o nosso umbigo correr perigo? Fodeu tudo. À parte isso, gostei deveras do artigo. Quanto aos dois livros, em breve os comentarei na seção cabeCERA. É isso. P.S.: Bressane, vê se traz um, dois ovos para mim aí da Ilha de Páscoa. Abraço do seu amigo escritor Marcelino Freire
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