16.1.06
MATARAM O SALVA-VIDAS
Alguém aí viu, nos jornais de sábado, aquela foto de um cadáver no verão do Rio? O corpo passou mais de seis horas estendido na areia. Encalhado. "Fazer o quê? As férias são curtas e temos que nos divertir", disse uma estudante, olhando para o morto e chupando picolé. Pois é. Cena que me fez lembrar conto meu do Angu de Sangue (Ateliê Editorial, 2000), em que um corpo é encontrado (e ignorado) na praia de Copacabana (não de Ipanema, como este agora e real). E me fez lembrar também o incrível romance Balada da Praia dos Cães, do português José Cardoso Pires. Esse, relato de um homicídio semelhante. Em tempo: para conhecer o meu conto, macabramente atual, intitulado Mataram o Salva-Vidas, clique aqui em cima.
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