27.6.06
NICOLAS DE NOVO
Faz um tempinho, voltando de Brasília, que eu falei aqui do Nicolas. O poeta Nicolas Behr. Coisa assim bendita, maldita, não sei, descobrir uma poesia/poema/humor sonoro que a gente gosta, uma figura que a gente respeita, palavras à mesa, levadas à cabeceira, ora, ora. Sem delongas. Do poeta de Cuiabá, nascido em 1958, recebi essa semana as obras completas. Livros que ele mesmo edita e que vai soltando pelas quadras e avenidas da Capital Federal onde agora reside, etc. e tal. Entre os títulos, temos: Primeira Pessoa, Restos Vitais, Brasília Revisitada e Vinde a Mim as Palavrinhas. Inclusive, seguem algumas delas, logo abaixo. E um recado: Nicolas e uma trupe de poetas de Brasília/Belo Horizonte estarão fazendo lançamento aqui, no dia 13 de setembro, na Mercearia. Aguardemos. E vamos que vamos. E maravilha!
[1] nossa senhora do cerrado protetora dos pedestres que atravessam o eixão às seis horas da tarde fazei com que eu chegue são e salvo na casa da noélia
[2] amorzinho me deixou amorzinho tem um defeito: não pode ver homem
[3] você já pensou como a vida seria bela se nenhum de nós existisse?
[4] se for a morte diga que eu não estou diga que fui ao meu enterro
[5] estou à beira da loucura ou à beira da janela?
[6] o tempo existe para que tudo não aconteça de uma só vez
[7] estou começando a perder o medo que tenho das pessoas
já pego na mão da minha namorada
[8] entrei naquele ônibus da tcb como quem não queria nada
nem o troco
[9] os três poderes são um só: o deles
[10] centro cultural nicolas behr?
nem morto
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