6.9.06
EU, O VOADOR
A história começa assim: deu branco, deu pau. Paciência, etc. e tal. Se não fosse pelo e-mail que recebi do amigo Luiz Roberto Guedes. "Cadê você?", perguntou. "No seu blOgue, nenhuma menção ao meu pobre Mamaluco, desamparado por todos". E continuou: "Fui lá no eraOdito e só deu Brasília. E o meu lançamento, como fica? Fodeu. Se Marcelino não deu, não aconteceu". Puta que pariu! Deu branco, repito. E pau no computador esses dias. Esqueci do lançamento da novela-epistolar O Mamaluco Voador, no bar Balcão, segunda passada, pela editora Travessa. Foi o frio. A espinha dura, ora essa. Não sei. Estava em casa, resolvendo pepinos. Recém-vindo domingo, de viagem. E coisas outras, ave! Não responderei ao e-mail do Guedes. Resolvi telefonar. Silêncio que roía, do outro lado da linha. Vou lá. Eu trabalho perto do prédio onde ele mora. Bati os queixos na porta. "O homem se mudou", disse-me o porteiro. Guedes, é isso. Agora foi ele quem nos abandonou. Meu Cristo! Conversei há pouco com o Glauco Mattoso sobre assuntos outros. E sobre o Guedes. Disse-me o poeta: "Responde ao e-mail dele. E fica tranqüilo, Marcelino. Infelizmente, nem eu consegui ir", enfim, assado. A frase martelando assim: "Desamparado por todos". Eta porra! Resolvi correr no primeiro cyber, perto da Paulista. Para escrever ao Guedes, sem medo. Explicar o meu branco negreiro. Mas eis que ouço uma voz, ao meu lado. "Cadê você?". O Guedes, sim, ele. Ao vivo, no mesmo calor de amizade. Aparição. De repente, um milagre. Combinamos novo lançamento do Mamaluco, em outubro. Vamos todos nessa. Desta vez, juntos. Em tempo: logo abaixo, um trecho da obra, em breve nas livrarias e maravilha! E mais: foi no cyber, ao lado do próprio Guedes, que escrevi este pôste. Vale ressaltar que a festa, no Balcão, independente de mim e das ausências outras, foi um sucesso. É isso e até segunda, beijos na bunda e aquelabraço sincero. Fui.
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