25.9.06
A POSTERIDADE AGORA É MINHA
E lá em Londrina encontrei com o Marcelo Mirisola, que, entre uma cerveja e outra que tomamos juntos, vendeu para mim a sua posteridade. É sério, não é brincadeira. Você é testemunha. O preço, veja: dois mil, trezentos e cinqüenta reais. O mesmo valor que recebi pelo Jabuti (descontados os impostos e um livro do João Gilberto Noll que, faz tempo, Mirisola pediu para eu comprar e nunca me pagou). Oh! Valor, este, que será quitado por mim numa transação assim, a perder de vista. Pode ser um pastel aqui, um refrigerante ali, uma camisinha. Minha previsão é quitar a dívida até o ano de 2010. Ou até o final da minha vida. O que posso querer mais, me diga. Mesmo que eu morra moribundo, ter a posteridade do Mirisola e o prêmio de Melhor Livro de Contos do Ano não é para todo mundo. É isso. Por hoje é só, que eu estou cansado. Fui, até amanhã e aquelabraço e tenho ditO.
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