12.12.06
CRIAÇÃO DE BOLSAS
Lembram há quanto tempo não se falava em bolsa de criação literária aqui no país? Tudo começou, de certa forma, com o barulho que a gente fez sim. Explico: a gente do Movimento Literatura Urgente. É preciso reesclarecer. Refrescar o juízo de quem não quer ver. É só ler o regulamento e participar. Até mesmo aqueles que resolveram nos criticar. Quem já se viu? Escritor pedir dinheiro ao governo do Brasil? Recordo o nosso primeiro encontro paulistano. Puta que pariu! Ficou famoso o debate-papo inaugural, regado a croquete e patê, lá no salão de festas do meu prédio. Um tédio, a saber: apenas eu, Ademir Assunção, Claudio Daniel e Joca Reiners Terron. Mas valeu a pena. Depois fizemos outras reuniões. No Teatro de Arena. Recolhemos assinaturas de quase duzentos escritores. E repito: fomos malhados e perseguidos. Vale ressaltar que tudo começou lá pelas bandas de Minas, com os amigos Ricardo Aleixo e Sérgio Fantini. A gente foi só engrossando o parágrafo. Logo eu que não domino o vocabulário político. Explico: cláusulas de incentivo, enfim. Um saco! Juntei-me porque sempre acreditei nisso. E continuo acreditando. E a briga só está começando e maravilha! Vamos à labuta e sem medo. Vejam o exemplo agora da Fernanda Montenegro. Discutindo com a Hortência. É preciso organização. E vontade. Agradeço a todos que participaram. E vamos que vamos. Ampliar o debate. A todos que ganharam a bolsa do PAC, paurabéns. Agora vamos à Petrobrás e a outras conquistas mais e saravá, amém!
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