18.4.07
EDOARDO, O ELE DE NÓS
E, aproveitando, é de Flávio Viegas Amoreira o romance, de título acima, a ser lançado no dia dia 12 de maio na Realejo Livros, em Santos, e no dia 18 de maio na Casa das Rosas aqui em Sampa. Hombres, posso dizer. Tive oportunidade de ler este livro e aviso desde já aos navegantes: um clássico que surge. Ave! Uma prosa porreta, estonteante. Sonoramente marcante. E apocalíptica. Para contar (cantar, seria) a dor de amor de um homem que perdeu outro na explosão das Torres Gêmeas. Leiam trecho abaixo e eta danado e maravilha!
Amar assim é elemento dágua, caniço, rocha, raiar trovão na noite: quanto queremos é imperdível, corri reter em linhas desajuizado, não, os anjos não andam com lacre de validade ou código de barras. Pela manhã meu corpo dá de mãos a meu espírito inquietado e diz: onde a concha juntada pelo Oceano? dentro fora nummmm só encanto sólido madrepérola. Contei na serra que protege esse valado as correspondências que florescem aos pares tal e qual nossos beijos: antúrios, filodendros, bromélias, helicônias: cada abraço foi-se onzehoras. Não sei ainda se cada vontade é possibilidade ou reprise, nota bem que te quero convidando para algo sempre inédito. O retrato verte espelho: a água leva flashes, fragmentos, todo instante acontece uma loucura natural impune: crime seria não ter cedido ao meu rogo de quem se embeleza no desespero.
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