4.5.07
ONTEM NO ANGU
E o amigo Rodrigo Ciriaco me escreveu dizendo "cabra, muito boa a peça ontem". E mais: "me emocionei". E mais: "na cena da menininha, com a boneca. Cena forte do caralho, angustiante, triste. E que bonito! E que sensibilidade! O grupo como um todo". E ave! E outro amigo, o Lucas Guedes, disse: "nem arroz, nem feijão, nem bife. Em meu jantar de ontem foi servido angu. Puro e seco". E foi dizendo: "iguais a nós (os personagens), frágeis e incompletos, numa sociedade em que todos falam mas ninguém ouve ninguém". E amém! Fico eu todo feliz e orgulhoso. Foram duas sessões em vez de uma. Tamanho o alvoroço. E o caroço. E a expectativa. E os aplausos. Como estão afiados e temperados os atores. Só vi uma vez o espetáculo, lá no Recife. Ontem vi duas vezes. E hoje pela manhã participei de um debate com o elenco dentro da Mostra Latino-Americana de Teatro. Todos (atores e platéia) ainda tomados. "Nem parecia texto", me falou idem a amiga Del Fuego. É gente gritando nos nossos nervos. Batendo panela. Repeti isso há pouco, durante a conversa: "eu escrevo como quem bate panela". Cheia de Angu. Quente fervente. E já na boca do povo. Fiquem de olho: a peça será apresentada ainda este ano no festival Porto Alegre em Cena e no Cena Contemporânea de Brasília. E até em Portugal. Salve, salve, amém, saravá e viva! É isso, por enquanto. Aqui, só na segunda. Aquelabraço a todos (a André Brasileiro, Fábio Caio, Gheuza Sena, Hermila Guedes, Ivo Barreto e Marcondes Lima). Valeu e té e fui e beijos na bunda. Em tempo: confira aqui matéria porreta sobre o Angu assinada por Fábio Leal e beleza!
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