15.10.07
CANTO DOS EMIGRANTES
Com seus pássaros ou a lembrança de seus pássaros, com seus filhos ou a lembrança de seus filhos, com seu povo ou a lembrança de seu povo, todos emigram.
De uma quadra a outra do tempo, de uma praia a outra do Atlântico, de uma serra a outra das cordilheiras, todos emigram.
Para o corpo de Berenice ou o coração de Wall Street, para o último templo ou a primeira dose de tóxico, para dentro de si ou para todos, para sempre todos emigram.
[ De Alberto da Cunha Melo, morto sábado passado. Fica minha homenagem a ele, poeta pernambucano, e, idem, ao ator Paulo Autran. E mais não digo. Para que dizer mais? Aquelabraço a todos, fui e até amanhã ]
|