10.10.07
O QUE VEM POR AÍ II
E no domingo passado saiu uma longa entrevista minha no Jornal do Commercio lá do Recife (feita por Fabiana Moraes). Você, que anda me perguntando mais detalhes acerca do meu novo livro, leia abaixo alguns trechos do que eu tenho falado e tenho ditO. Vale destacar, idem, que também no sábado, dia 6, foi publicada matéria (feita por Renato L) sobre o RASIF no Diário de Pernambuco, com direito a conto inédito e à reprodução de uma das gravuras do Manu Maltez. E acho que por hoje é só e até amanhã e beijabraços para vocês. Fui.
JC – E sobre o que é RASIF? FREIRE – São contos sobre o fim dos tempos. Aquecimento, degelo, atentado. Guerras particulares e nucleares. Brigas por toda parte. E um pouco de amor também. Mesmo enviesado. Amor e morte, digamos. RASIF é a origem do nome do Recife. Origem árabe. Há um subtítulo para o livro: Mar que Arrebenta. Que é o significado da palavra Pernambuco. Ou seja: o livro e o espetáculo partem do Recife, PE, para falar do mundo doente em que vivemos. É nossa Árabia-Pernambuco falando para o mundo. Você sabia, por exemplo, que “ciranda” é um nome de origem árabe? Eu descobri cada uma nesta viagem... RASIF, sendo assim, serão cirandas de guerra. “Estava na beira da praia ouvindo as pancadas das ondas do mar”. Haja pancadas. Salve-nos, Minha Querida Lia de Itamaracá!
JC – Além de RASIF, seu livro traz outros contos. Você pode adiantar alguns deles? Quando o livro será lançado? FREIRE – Em abril, pela mesma editora Record que lançou, em 2005, o Contos Negreiros. Sobre outros contos, posso dizer: que tem o Da Paz, sobre uma mulher que é contra a paz. “Paz é coisa de rico”, diz ela. Gosto desses desabafos. No Angu de Sangue já havia ladainhas iguais às dela. E no livro tem ainda um pedófilo se defendendo da justiça de Deus, digamos. E tem o conto de um cego que marca um encontro virtual com uma cega. E tem conto dedicado à Iemanjá. E tem o conto Os Atores – uma homenagem à arte de interpretar. E à arte de viver e morrer, sei lá. E mais: um conto de um cara que se apaixona por um homem-bomba. E tem ainda um conto acerca de um atentado terrorista feito por índios Pankararu. E vai por aí...
|