5.12.07
35 RAPIDINHAS ARGENTINAS
[01] "Sr. Marcelino Freire, favor dirigir-se à Infraero". [02] "Sr. Michel Houellebecq, favor dirigir-se à Infraero". [03] Quem ouviu esse dois chamados foi o Joca. [04] Um atrás do outro. E eu já havia embarcado. [05] O caso é que esqueci de pagar o cybercafé do aeroporto. [06] Só pode ter sido isso... [07] Quanto ao Michel, não sei o que aprontou. [08] Será que, quando voltar a São Paulo, serei detido? [09] Aguardemos os próximos capítulos. [10] Por aqui, faz calor. [11] Embora a noite de ontem tenha sido fria. [12] Regada a uma bebedeira braba e putz-grila. [13] Pelas ruas, contei até agora sete livrarias. [14] Faltam 1.493. [15] Perguntei aos escritores locais e me responderam. [16] Há muitas, sim, mas só umas 60 valem a pena. [17] O que não é pouco. [18] E já vi, bem exposta, a antologia Terriblemente Felices. [19] Organizada e traduzida por Cristian De Nápoli. [20] Com quinze contistas brasileiros, eu incluído. [21] E também vi Manos de Caballo, de Daniel Galera. [22] Ele que ganhou 3 páginas na revista Los Inrockuptibles. [23] Nas bancas aqui em Buenos Aires. [24] E ontem na mesa de debate se falou em amizade. [25] Tematizou-se idem sobre "inimigos na literatura". [26] Como os autores convivem em cada país e ave! [27] A piada dita é que, acontecendo um assassinato de algum escritor... [28] Aqui no hotel de onde estou teclando... [29] Todos seremos culpados. [30] Fora os que viajariam daí só para cometer o crime. [31] "Quem apagou a Del Fuego?" [32] Era uma das infames perguntas. [33] E mais não digo que eu estou indo. [34] Visitar a livraria El Ateneo. [35] Até daqui a pouquinho e besos na bunda.
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