12.2.08
TRÊS JÓIAS RARAS
[ uma ]
Rubi é o nome do cabra. Corra você à primeira loja de CD. Trata-se de cantor brasiliense, radicado em São Paulo, que acabou de lançar Paisagem Humana. Puta merda! Bacana para caralho. Sua voz melancolicamente bela. Intérprete como ele faz tempo eu não via. Ouvia. E passei esses dias curtindo o repertório. Pelo Carnaval afora. Entre as composições, pérolas de Gero Camilo, Júnio Barreto, Lobão, Marcelo Camelo, Milton Nascimento, Vitor Ramil e Wisnik. E fico eu me perguntando: por que o Brasil não acorda para as riquezas que tem? Hora de descobrir a força-leveza de Rubi e saravá, amém!
[ duas ]
Aloísio Menezes vem aí para mais uma apresentação do Cantos Negreiros (veja detalhes no pôste de ontem, abaixo). Cantor baiano que arrasou os quatro cantos quando soltou a voz na Alceu, ao lado da Fabiana. Só escutando para crer. Ele que, em Salvador, é superfamoso e, durante um bom tempo, comandou o bloco Cortejo Afro. Algo Jamelão jovem. Ou o quê? Lamento negro, alma mais remota do povo brasileiro. Ave! Aloísio ainda não tem disco na praça. Mas já estamos mexendo as cartas. Sua estréia não demora e bora embora, moçada.
[ três ]
Rodolfo García Vázquez mais uma vez brilha na direção. Seu Vestido de Noiva, que vi ontem, é fodão! A abertura, digamos, eletrizante. E tudo o mais vai sendo costurado com rigor, invenção. Atores, como sempre, ótimos, com a participação histórica da Norma Bengell. Mas preste atenção, repetindo: é a encenação de Rodolfo (como foi a do Ziembinski, famosa) que impera e, de alguma forma, sacode para longe o mofo de hoje do texto (algumas falas) do Nelson. Vale conferir. A temporada é gratuita e vai até domingo, sempre às 19 horas, no Itaú Cultural. Fui, aquelabraço a todos, etc. e tal.
|