3.3.08
FUI PARAR NO HOSPITAL
Amigos todos, ainda estou em alvoroço. Desculpem-me, mais uma vez, a empolgação umbigosa. Mas esqueçam de que sou eu o autor da prosa que deu origem ao espetáculo Hospital da Gente. Ave nossa! Fui ver a peça no sábado passado e está do caralho! A direção certeira e ousada de Mário Pazzini, a atuação em polvorosa das sete atrizes. Elas, em movimento pela favela que o grupo construiu no Espaço Clariô. A gente entra em corredor, cozinha, vê as janelas baterem, toma pinga e cerveja no boteco do pedaço. Por exemplo: Totonha, meu personagem do conto homônimo publicado no Negreiros, nos recebe em seu barraco, faz café para a gente tomar, cheirinho do interior e saravá! Na laje, é a vez de Naruna Costa incorporar a Da Paz lavando roupa e espumando pelos poros e boca: "eu não sou da paz, paz é coisa de rico", e o sabão radiante, deslizante feito sangue em nossos ouvidos. De arrepiar! Juro. Tudo que bravamente esta trupe de Taboão da Serra levantou. Só tenho a agradecer e louvar. E dizer que vocês não podem perder, de jeito nenhum, este acontecimento. São só vinte e cinco lugares. Mais informações, ingressos e reservas pelo telefone 11 7651-8619.
Em tempo: e, antes de terminar, gostaria de dar dois avisos. Na sexta, à meia-noite, fui finalmente conhecer o recém-inaugurado espaço do grupo Os Fofos Encenam, à Rua Adoniran Barbosa, 151, na Bela Vista. Que maravilha a peça do conterrâneo Newton Moreno, Deus Sabia de Tudo..., que faz sucesso há sete anos. Tragicomédia de tirar o fôlego. E o chapéu aos atores todos e viva! Sem contar que lá há um simpático cardápio para quem quiser jantar. Enfim. E o segundo aviso é para a bolsa integral que o Cronópios está oferecendo para o meu curso de criação literária no b_arco. As inscrições vão até amanhã. Concorram. E mais não digO e fui e aquelabraço.
|