18.2.09
NA CIDADE DE DEUS
E alguns atores da Companhia de Teatro Tumulto foram assistir idem, no Rio, ao espetáculo Hospital da Gente, do grupo paulista Clariô. Lá, o Tumulto, que é da Cidade de Deus, revelou: já levaram a ideia de um dos meus Contos Negreiros para a tela do Canal Brasil. Isso em 2007. Lembro, à época, que alguém veio comentar comigo: "Marcelinito, sabe aquela história que você escreveu, aquela do pessoal que desce o morro para filmar, de supetão, a vida dos moradores da classe média alta? Pois bem: vi algo parecido no programa Espelho, do Lázaro Ramos". Coincidência, acreditei. Até quando me disseram, no domingo passado, pessoalmente: "trabalhamos os seus textos, gostamos do seu livro, etc." e tenho ditO. Deram-me uma cópia do programa do Lázaro. Foram gravados dois especiais. Bem legais. Eles, munidos de câmera e de improviso, fazendo o movimento contrário. Explico: se os cineastas vivem documentando a vida da periferia, temos o direito, então, de fazer o nosso registro. E fizeram, na prática, o que criei na ficção. Quanta emoção! O filme foi feito e editado por eles. E eu fiquei feliz e orgulhoso. Ave nossa! De saber que os meus textos têm circulado. E inspirado atores pelo Brasil afora. Que beleza! Inclusive, vale registrar: esse mesmo conto, o Solar dos Príncipes, será filmado ainda este ano (no Rio, por sinal) pelo diretor brasiliense Iberê Carvalho. Ele que acabou de lançar o curta Para Pedir Perdão, baseado também em um conto meu, o Angu de Sangue e oh e maravilha! E vamos que vamos. O meu abraço ao Tumulto e, mais uma vez, ao Clariô, que foi destaque no Estadão de hoje como o grupo mais premiado na festa de antes de ontem da Cooperativa Paulista e por hoje é só e estou todo cheio de alegria e aquelabraço e até a próxima vista. Fui.
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