13.2.09
PAU MOLE
Adoro pau mole. Assim mesmo. Não bebo mate não gosto de água de coco não ando de bicicleta não vi ET e a-d-o-r-o pau mole.
Adoro pau mole pelo que ele expõe de vulnerável e pelo que encerra de possibilidade.
Adoro pau mole porque tocar um pressupõe a existência de uma intimidade e uma liberdade que eu prezo e quero, sempre.
Porque ele é ícone do pós-sexo (que é intrínseca e automaticamente — ainda que talvez um pouco antecipadamente) sempre um pré-sexo também.
Um pau mole é uma promessa de felicidade sussurrada baixinho ao pé do ouvido.
É dentro dele, em toda a sua moleza sacudinte de massa de modelar, que mora o pau duro e firme com que meu homem me come.
[ Este poema da carioca Maria Rezende é só para lembrar que hoje começo oficina de literatura erótica no SESC Pinheiros. E para lembrar idem que estou indo para o Rio de Janeiro, para outra oficina na Estação das Letras. Volto na terça e é isto. Aquelabraço a todos, bom final de semana e beijos na bunda e no umbigO. Ui, ui, ai e fui ]
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