1.9.09
MEUS PINGUINS
Faz tempo, tenho uns duzentos em casa. Verdade. Eles invadiram a geladeira, tomaram conta do fogão, pendurados que eles estão nos panos de prato, em cima dos armários. Explico: uma coleção de quem, vindo do sertão, bateu de cara com o frio. Deu uma viadagem, um arrepio, sei lá. Quando vi, atracaram. De todo tipo: de madeira, de borracha, de vidro. Sem contar os amigos, que sempre trazem um. Da Patagônia. De Salvador, do Rio, etc. e tal. Agora, por exemplo, acabo de ganhar um outro, incomum, superespecial. Fiquei todo orgulhoso e emocionado. Eta danado! Falo de Um Pinguim Tupiniquim, a mim dedicado. É este o novo livro da Índigo, a ser lançado este mês pela Girafinha. Coisa mais lindinha! Isso: minha amiga deixou registrado lá, na entrada da obra, "Para Marcelino e seus infindáveis pinguins". Quase tenho um troço. Sou, sobretudo, leitor da Índigo. E imitador, pode crer. A saber: quando ela me falou desse Pinguim Tupiniquim, eu usei a sua rima no meu canto "Trabalhadores do Brasil", que abre o Contos Negreiros. E vem da autora campineira idem a inspiração para um romance que não acabo nunca, mas um dia eu mostro. A história de um adolescente que lembra bem o narrador do Saga Animal. Nunca vi escritora tão cheia de imaginação. E de ritmo e graça. Ave nossa! Uau! Valeu, querida, pelo presentão. Depois de ler, levarei o seu bichinho para conhecer a turma. Espero que ele goste de uma suruba. No mais, por hoje é só e mais não digO. Aquelabração e beijos no umbigO. Fui.
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