28.10.09
CLARIÔ
Faz tempo que o grupo chegou. Para clarear. Lá, no Taboão. A duras batalhas, eles levantaram uma construção. De tábua. E papelão. Da sede, fizeram a casa de meus personagens. Ave! Reexplico: falo do grupo Clariô de Teatro. Que montou Hospital da Gente. Espetáculo premiado, baseado em meus contos, há quase dois anos em cartaz. Na periferia de São Paulo. O elenco todo de mulheres - atrizes maravilhosas. Dirigido por Mário Pazini. Juntos, mudaram a paisagem do lugar. Conclamaram os vizinhos para participar. Da cena. Digo: das aulas que o elenco ministra. Da mobilização que pratica. Da lição de cidadania, etc. Pois bem: hoje, a peça e a luta do grupo foram capa do Caderno 2 do Estadão. Coincidentemente, no instante em que eles enfrentam mais uma enchente. Que destruiu o cenário. No instante em que os moradores de Taboão afundam no descaso e no esquecimento. Até quando? Se depender do Clariô, o dia será sempre de sol. Resistente e teimoso. Eu, de minha parte, fico sempre emocionado e orgulhoso. De pertencer a essa história. E, é claro, triste e solidário pelo que aconteceu. Peço, por isso, o apoio de todos. Para saber mais, cliquem aqui. E vamos que vamos. Assim, sem perder a luz, até o fim. Fui.
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