11.3.10
CROQUETE VAI, CROQUETE VEM
E já contei aqui a história do croquete. Foi assim: em 2005, Ademir Assunção me fez a reclamação. Os escritores precisavam se unir. Para brigar por bolsas, feiras, intercâmbios, sei lá. E resolvemos marcar reunião no salão de festas do meu prëdio. Só dois vieram, além de mim e Assunção. Comemos uma bandeja inteiro de croquete de queijo. Ave nossa! Mas a partir daí, levamos juntos e adiante o Movimento Literatura Urgente, que já tinha o seu braço em Belo Horizonte. E que foi parar nas páginas "policiais" da revista Veja. Acusados que éramos, à época, de querer enfiar a mão no dinheiro público. Mas o fato é que fizemos pressão, conseguimos, sim, uma mínima organização. Que mudou muita coisa. Vieram bolsas, ajudas outras para o setor criativo. Conseguimos, por exemplo, recentemente mexer na redaçao da nova Lei Rouanet. Incluindo, pois, o termo "literatura" - para lembrar que o escritor também labuta. Não apenas editores, livreiros, distribuidores... Todos esses sempre atentos. Às leis e aos mandamentos. Mas por que estou falando isto? Porque acabei de voltar de Brasília, onde eu e o Ademir fomos brigar pelos autores e saravá! Isso, em nome do Movimento. Para não enfraquecê-lo. Fomos muito bem recebidos pelos auxiliares do senhor Ministro da Cultura. E votamos. E conseguimos, ali, eleger o Ademir para o Colegiado. Que vai lutar para valer e ver, de vez, a roda rodar para o nosso lado. Sempre o mais fraco. E fico eu pensando: caralho! Ainda assim chamam de otários os escritores, como nós, que aguentam participar de evento assim. Cheio de blablablá. Mas o que fazer? Vou porque aprendi a reconhecer. Que é preciso dizer onde o calo aperta. Que merda é essa de isolamento? Só aparecer quando a festa está ganha? A mim os editais, aos outros bananas. Mas enfim. Não gosto desse tom de discurso. Nem estou puto. É este, só, o meu testemunho de hoje. Sem querer cagar regra. É só um cansaço. O começo de uma conversa, certo? Vale, antes de terminar, dizer que a Funarte, ainda esta semana, dará boas novas à população de escribas. E o Ministério também, em breve, anunciará outras conquistas. E mais não digO. E aqui, só na segunda. Beijos no umbigO. E na bunda. Fui. Em tempo: aproveitando, o Itaú Cultural manda avisar. Já está aberto o Rumos Literatura 2010. Participe clicando aqui em cima e té já.
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