27.4.10
ALGUÉM PARA AMAR NO FIM DE SEMANA
Como bem falei aqui, passei parte do fim de semana em Porto Alegre. Mas não amei ninguém. Pelo menos explicitamente. Esse aí em cima é o título do volume de contos que o amigo Luiz Roberto Guedes lançará amanhã, quarta à noite, na Livraria da Vila da Lorena. Lembro-me. Guedes foi, do nosso grupo de amigos, quem eu primeiro conheci. Bem antes. No SESC Pompeia, no ano de 1998. Meu livro eraOdito havia virado vídeo e estava na Seleção Oficial do Festival do Minuto. Aproveitei a exibição para levar alguns livros e distribuí-los gratuitamente. A edição era independente. Depois é que uma nova tiragem, em 2002, foi feita pela Ateliê Editorial. Àquela época, eu tinha muitos exemplares em casa. E saía distribuindo em livrarias. Vendendo e fazendo o livro circular por aí, enfim, assado, assim. Virou best seller na famosa (e já extinta) livraria Belas Artes da Paulista. Não faz muito tempo, José Luiz Goldfarb (dono da Belas Artes) contou em público. Que eu e Paulo Coelho, juro, começamos do mesmo jeito. Procuramos por ele para vender a nossa obra. E vendemos muito bem, ora, ora. Pois é. Coelho ficou milionário. E eu? Melhor nem pensar. Estava, na verdade, falando do Guedes. Sim, lá no SESC ele veio me falar. Com sua voz portentosa e saravá! Que havia gostado do filminho e do livrinho. Que queria manter contato, trocar umas figuras. E bebemos umas. Uma turma toda, àquele mesmo dia, partiu para um bar. E enchemos a cara. Recordo, idem, quando o Guedes ouviu de mim o nome do livro que eu preparava para lançar mais à frente, ainda sem editora: o Angu de Sangue. E Guedes gostava do nome. E queria saber mais de Sertânia. E trocamos e-mails. E continuamos em contato via internet. Guedes leu, em primeira mão, as minhas narrativas "sertanejas" e ave! "Aperreadas", como ele mesmo me falava e maravilha! Depois, foi ele idem quem me apresentou pessoalmente ao Glauco Mattoso. Quem me pôs em contato com o Cláudio Daniel. Quem me presentou com livros do Marçal, do Joca. Grande figura o Guedes! Que também é poeta, tradutor... E astrólogo nas horas vagas. Mas essa história fica para uma outra hora. O que importa é repetir (e saudar) aqui o novo livro do velho amigo, saído pelas mãos de um outro amigo, o Vanderley Mendonça (que acaba de inaugurar a [e] Editorial). E vamos que vamos. E mais não digO. Aquelabraço e beijos no umbigO, etc. e tal. Fui.
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