1.4.10
JANILTO & LOURIVAL
Estou indo amanhã ao Recife. Para me encontrar com o Lourival. No Encontro Regional de Estudantes, sábado, às 20 horas, na Universidade Federal. Lourival Holanda, o professor. Todo mundo no Recife conhece o cabra. No Nordeste, etc. e tal. Desses de quem eu já ouvia falar. Quando, ainda adolescente, eu queria entrar na universidade. O mestre de teoria literária. Desses raros estudiosos. Devotos à boa palavra. Que pena! Não estudei com este pernambucano. Porreta. Fui parar na Universidade Católica. Lá, me encontrei com outro capeta: o Janilto Andrade. Digo: outro professor fera. Ele quem me falou, clara e apaixonadamente, do Borges, do Cortázar. Quem me revelou, nas entrelinhas, a obra do Graciliano Ramos. Acachapado que eu ficava. Hipnotizado em suas aulas. Aí, depois, Janilto foi o primeiro que fez um estudo acadêmico (inclusive, publicado em livro) sobre o meu trabalho. Isso sem saber, acreditem, que eu havia sido seu aluno. Vixe! Hoje somos amigos. Posso dizer, idem, que sou amigo do Lourival. Sempre que o encontro. O respeito recíproco. A celebração. Participamos juntos, no ano passado, da I Jornada Literária do Sertão. Inesquecível a sua fala de encerramento. Às margens de um açude, na cidade de Arcoverde. Fala em que ele contava do fascínio das palavras. Como ninguém, amém. Aquelas palavras. Ave nossa! Ainda ouço. Tanta coisa vem ã minha caixola. A alegria de estar indo a esse encontro. O nosso primeiro, assim, no solo em que o grande Lourival Holanda (e um outro professor chamado Anco Márcio - de quem falarei, aqui, mais à frente) vem formando muita gente. Informando. Plantando um vírus. Um bicho. O veneno da literatura no coração do povo. E aleluia! E volto, aqui, só na terça-feira. Bom feriado para todos. E aquelabraço gostoso e fui e beleza!
|